segunda-feira, 26 de março de 2012

Sai gabarito do BB, mas site da Cesgranrio fica fora do ar (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Fundação Cesgranrio divulgou, nesta segunda-feira (26), o gabarito das provas do Banco do Brasil para formação de cadastro de reserva do cargo de escriturário (nível médio). O site da organizadora ficou fora do ar durante a manhã desta segunda. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, aconteceu um problema em um servidor externo que hospeda o sistema da fundação. A Cesgranrio informou que está trabalhando para normalizar a situação. Desde as 14h30, é possível acessar apenas a página inicial do site.

De acordo com a assessoria de imprensa, o concurso teve 520.444 inscritos. O índice de abstenção foi de 24,7% e 128.375 candidatos não fizeram a prova no último domingo (25). O cargo oferece salário de R$ 1.408 e gratificação semestral de 25%.

A seleção abrange os estados de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais (exceto para as cidades de Abadia dos Dourados, Araguari, Araxá, Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Campina Verde, Campo Florido, Campos Altos, Canápolis, Capinópolis, Carmo do Paranaíba, Centralina, Conceição das Alagoas, Coromandel, Estrela do Sul, Fronteira, Frutal, Guimarânia, Ibiá, Indianópolis, Irai de Minas, Itapagipe, Ituiutaba, Iturama, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Formosa, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Paracatu, Patos de Minas, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Planura, Prata, Presidente Olegário, Riachinho, Rio Paranaíba, São Gonçalo do Abaeté, Sacramento, Santa Juliana, Santa Vitória, São Gotardo, Serra do Salitre, Três Marias, Tupaciguara, Uberaba, Uberlândia, Unai e Vazante), Pará, São Paulo e Tocantins.

De acordo com o edital, ficam asseguradas as admissões, conforme necessidade de provimento, dos candidatos classificados nas seleções externas 2008/001, 2008/002, 2008/003, 2010/001, e 2010/002, até o termino de suas vigências (13/06/2012, 20/06/2012, 01/07/2012, 10/05/2012 e 01/07/2012, respectivamente) ou ao esgotamento da reserva de candidatos aprovados, prevalecendo o que ocorrer primeiro.

As provas tiveram 70 questões de múltipla escolha, sendo 30 de conhecimentos básicos e 40 de conhecimentos específicos.

A prova de conhecimentos básicos incluíram língua portuguesa, matemática, atualidades e raciocínio lógico; e a prova de conhecimentos específicos incluiu conhecimentos gerais de informática, de atendimento e de conhecimentos bancários.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jovem de 24 anos ganha mesada dos pais para estudar para concursos (Postado por Lucas Pinheiro)

Dianne Dias se considera privilegiada porque, aos 24 anos, ainda recebe mesada dos pais. O motivo? Mesmo bacharel em Direito, ela passa a maior parte do tempo estudando para se preparar para concursos públicos. "Lógico que hoje se eles não tivessem condições, eu teria de advogar. Nem todo mundo pode ficar parado para estudar. Mas como eu tenho esse privilégio, tenho de aproveitar para me capacitar mais", afirma.

Ela recebe todo mês R$ 2 mil dos pais para a manutenção da casa em que mora sozinha em Fortaleza, ter uma diarista e pagar um pouco de lazer. Para Dianne, ninguém deve receber mesada a vida toda, mas enquanto for realmente necessário. Natural do Rio Grande do Norte, ela recebe mesada há nove anos, desde o ensino médio.

Depois, os pais mantiveram a mesada durante a faculdade e agora ela continua contando com o apoio financeiro para se dedicar aos estudos. "Sei que nem todo mundo tem acesso a isso. Acho que quando você tem um privilégio, você tem de aproveitar a oportunidade", disse.

Ela disse que presta assistência jurídica uma vez por semana a uma empresa para reforçar o orçamento, em especial, para as saídas com amigos. "Não posso me dedicar tanto ao trabalho porque preciso estudar", diz. Dianne reconhece ainda o esforço dos pais e diz que se não recebesse a mesada, não teria como buscar chegar mais longe na profissão. "Teria de estar trabalhando para me sustentar e morar em um apartamento sozinha. Tem as contas de casa para pagar. Por mais que eu passe 90% do meu tempo estudando, não daria", explicou.

Amadurecimento
Como os pais de Dianne moram em Mossoró, interior do Rio Grande do Norte, ela mora desde os 15 anos sozinha em um apartamento em Fortaleza, onde estuda. A jovem explica que morar sozinha trouxe amadurecimento quanto ao controle de gastos. "Sou muito consciente com relação ao dinheiro. Sempre me deram um valor porque sabiam quanto mais ou menos eu gasto. Esse 'x' era para pagar as contas e, se eu conseguisse economizar, ficava para mim", explica.

No início, quando ela ainda era adolescente, Dianne avisava aos pais sobre cada conta que chegava e quando precisava de dinheiro para o lazer ou outros afazeres. Depois, acabou conquistando a confiança dos pais e se organizando sozinha. Mas ela também acredita que isso se deve mais à personalidade do que à orientação dos pais. "Eu nunca cheguei a gastar o dinheiro e ficar sem ter como me organizar, mas é mais da pessoa", defendeu.

Dica do especialista
Para o educador financeiro Álvaro Modernell, a estudante Dianne Dias vive “uma situação ideal”.

“Muitos especialistas acham que, assim que a pessoa adquire a maioridade ou sai da faculdade, os pais têm que cortar este suporte financeiro. Eu não concordo necessariamente com isso, acho que cada caso tem que ser analisado separadamente”, diz.

Para o especialista, se a família tem boas condições financeiras e ninguém está passando privações – sejam os pais ou irmãos – então, não há nada de errado no caso da jovem.

“Poucas pessoas têm esta oportunidade. O risco está em o jovem não ter consciência de que isto é um privilégio ou querer ficar ‘aproveitando a vida’ e postergando a entrada no mercado de trabalho.”

Modernell, no entato, faz um alerta: “É importante que ela tenha consciência de que nem todo mundo que estuda para concurso público passa. Seria indicado que ela estabelecesse um deadline”.

Caso Dianne não consiga passar num concurso público nos próximos dois ou três anos, por exemplo – citando um prazo hipotético – ela deveria ingressar no mercado de trabalho, mas sem necessariamente largar os estudos e abandonar o projeto de prestar concurso, orienta o educador financeiro. “O que é ruim é ficar sem um horizonte. Tem que buscar uma definição.”

Embora a estudante preste assistência jurídica uma vez por semana, Modernell diz que ela poderia aumentar um pouco esta carga de trabalho para fazer uma reserva financeira.

“Já que os pais estão se dispondo a sustentar o estudo dela, ela poderia fazer uma poupança ou uma previdência. A reserva é importante não só para necessidades, mas também para oportunidades. Vamos supor que surja um curso no exterior”, comenta.

Também é fundamental, na opinião do especialista, que a família converse claramente sobre a situação. Juntos, pais e filhos devem ter claro como está a situação financeira e de saúde dos pais, até quando terão condições de manter este padrão. “Chega uma hora que os pais precisam desacelerar. Já pensaram a respeito?”

Álvaro Modernell se opõe em casos que a família banca um dos entes sem ter condições para tal. “Muitos idosos passam restrições não porque a aposentadoria é baixa, mas porque se sacrificam pelos filhos.”

Como dica final, o especialista orienta Dianne a aprofundar os estudos também na questão da educação financeira. “Tem gente que se relaciona bem com o dinheiro, mas desconhece questões importantes.”

segunda-feira, 12 de março de 2012

Organizadora anula provas do concurso do Senado para 3 cargos (Postado por Erick Oliveira)

A Fundação Getúlio Vargas, organizadora do concurso do Senado, anunciou a anulação das provas da tarde deste domingo (11) também para o cargo de analista de suporte de sistemas. Anteriormente, a assessoria da fundação havia divulgado o cancelamento das provas apenas para os cargos de analista legislativo nas áreas de análise de sistemas e saúde e assistência social-enfermagem. Com isso, são três cargos que terão as provas canceladas.
A FGV informou ainda que não há data prevista para a realização da nova prova. No primeiro comunicadao, divulgado por volta das 18h, o fundação havia dito que os candidatos a esses cargos refariam o exame no dia 29 de abril. De acordo com a assessoria da organizadora, o cancelamento da prova atinge cerca de 10,4 mil candidatos inscritos para concorrer a esses cargos.
Segundo o edital do concurso, há oito vagas para os cargos de analista legislativo na área de informática e análise de sistemas e seis para o cargo de analista legislativo em saúde e assistência social-enfermagem. No total, o concurso do Senado oferece 246 vagas.
As provas para os demais cargos do concurso do Senado, realizadas neste domingo, pela manhã e à tarde, continuam válidas, segundo a assessoria da fundação. No total, 157.939 candidatos se inscreveram no concurso do Senado, dos quais 63.194 para as diferentes funções do cargo de analista legislativo.
O motivo da anulação foram "inconsistências técnicas (insuficiência de cadernos de provas em algumas salas)", segundo nota divulgada pela FGV. Confira a nota na íntegra:
"COMUNICADO
Em 11/03/2012
A Fundação Getulio Vargas - FGV informa que foram detectadas inconsistências técnicas (insuficiência de cadernos de provas em algumas salas) verificadas no início da aplicação de provas do concurso público do Senado Federal (Edital 02/2011), apenas para os dois cargos do período vespertino, a saber:
- Analista Legislativo - Informática Legislativa - Análise de Sistemas e Análise de Suporte de Sistemas;
- Analista Legislativo – Saúde e Assistência Social – Enfermagem.
Em função disso, a FGV e a Comissão do Concurso decidiram pela anulação das provas apenas para estes cargos em todos os locais de aplicação. As provas para estes cargos serão reaplicadas em data a ser informada posteriormente, conforme comunicação que será enviada individualmente aos candidatos inscritos, via Correios.
Fundação Getulio Vargas – FGV"

Boletim de ocorrência
O anúncio da anulação de parte das provas ocorreu depois que um grupo de cerca de 25 candidatos registrou na tarde deste domingo (11) um boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia de Brasília reclamando de irregularidades na aplicação das provas.
De acordo com os relatos dos candidatos, os cadernos de provas para o cargo de analista de suporte e analista de sistemas foram trocados em quatro salas da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (Facitec), um dos locais de prova em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília.
O G1 teve acesso à ata de provas na qual ficou registrado o pedido dos fiscais para que os candidatos deixassem a sala sem concluir o exame. Esse documento é usado pela organização do concurso para registrar ocorrências durante a aplicação das provas e foi assinado pela coordenadora de provas do local e por uma representante dos candidatos.
“Acho que conseguimos cancelar a prova porque os fiscais da própria FGV pediram para nos retirarmos da sala. Se tivéssemos deixado a sala por conta própria, essa decisão não teria saído tão rápido. Estamos tristes com a situação, mas ao mesmo tempo felizes por já termos uma solução”, afirmou Nívea Costa Araújo, candidata a uma vaga no Senado.
O delegado de plantão, que recebeu a queixa, Rodrigo Sanches Duarte afirmou que a organização do concurso e os candidatos serão ouvidos . “Vamos apurar para ver se houve algum crime. É preciso intimar as partes e analisar. Se houve o erro, essas pessoas teriam direito à indenização pelo menos do valor da inscrição”, disse.
Os candidatos que denunciaram o problema disseram ter recebido a prova errada às 15h30 e afirmaram que foram dispensados da prova pela coordenação do concurso por volta das 16h10. Pelo edital, os candidatos só poderiam sair a partir das 17h.
De acordo com relatos dos candidatos, o suposto erro foi constatado porque, segundo eles, assunto da redação não condizia com o programa de estudo previsto no edital.
"Mesmo assim a coordenadora de prova mandou a gente continuar a prova sem um caderno de respostas. Quando percebemos o tamanho do problema, falamos que não tinha como serem feitas as provas e decidimos parar imediatamente”, afirmou Mário Higino, gerente de segurança da Informação, que disputa uma vaga de analista de suporte no concurso.
"Já estava havia três anos estudando para esse concurso. Foi uma dedicação praticamente exclusiva na reta final. Até tirei férias para me dedicar aos estudos. É uma decepção muito grande o que aconteceu. Não tem explicação. Queremos uma solução da FGV”, lamentou Sandro Pereira, servidor do Ministério Público da União, que concorre a uma vaga de analista de suporte no Senado.